A Intel foi selecionada pela EA como parceira para o Battlefield 6. A empresa recebeu uma colher de chá da Eletronic Arts que quer apostar na tecnologia XeSS 2, que deve permitir upscaling, geração de quadros e suporte a baixa latência no dia do lançamento do título.
Além disso, com o recente SDK 1.2, o XeSS 2 deverá disponível não apenas nas GPUs Arc da Intel, mas também em GPUs de outros fornecedores, como NVIDIA e AMD.
As CPUs Core Ultra e Core da Intel também receberão otimizações específicas. Elas incluem otimizações no escalonador, garantindo que os processos do jogo sejam executados nas threads corretas, e também deve receber suporte a APO.
Os resultados vistos no Beta Fechado e divulgados por um popular streamer da Twitch, porém, sugerem que a parceria não foi o suficiente para o desempenho dos processadores da Intel se equipararem aos da AMD. Ao menos, não ainda.
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Resultados antecipados
Bruhskey, o streamer, teve acesso ao beta fechado de Battlefield 6. Ele afirmou que seu computador com um AMD Ryzen 7 9800X3D com tecnologia 3D V-Cache foi capaz de gerar taxas de quadros significativamente mais altas do que um amigo não identificado que usava um Intel Core i9-14900K.
Como se trata de um beta fechado, os acordos de confidencialidade impedem ele e outros usuários de compartilhar capturas de tela. Porém, são informações confiáveis.
Tudo sugere que a versão mais recente do motor Frostbite, que alimenta o Battlefield 6, favorece processadores com grandes caches de último nível e o 9800X3D possui 96 MB.
Lembrando que, para um jogo com forte ênfase no PVP, qualquer vantagem pode fazer toda a diferença.
O equipamento de Bruhskey possui um 9800X3D, uma GPU GeForce RTX 5080, 32 GB de memória DDR4-6400 na proporção 1:1 FClk:UClk e um driver gráfico NVIDIA não otimizado. Como o motor Frostbite permite exibir os resultados de FPS separadamente, é possível identificar ser o gargalo de desempenho está na CPU ou na GPU.
Assim, o equipamento de Bruhskey atingiu 330 a 370 FPS pela GPU e 310 a 330 FPS pela CPU, com uma latência total do sistema de 6,7 a 8,5 ms.
No caso do amigo do streamer, o equipamento com i9-14900K, o resultado de FPS da CPU é de cerca de 210 FPS. Isso coloca o processador Intel em uma desvantagem de desempenho de aproximadamente 30%.
Situação da empresa
Não é novidade que a Intel está numa situação de crise. A empresa deve demitir 24 mil funcionários e encerrar projetos em 3 países. Apesar disso, ainda há esperança que a Apple retome a parceria com o time azul no futuro. E essa esperança deve ser compartilhada pela EA.
Até agora, a Intel forneceu aos seus processadores de cliente caches L2 dedicados e pesados. Porém, ela está migrando para caches L3 compartilhados maiores com seus futuros processadores para desktop Nova Lake-S.
Hoje, o processador Arrow Lake-S mais rápido vem com grandes caches L2 dedicados de 3 MB por núcleo P, mas com apenas 36 MB de cache L3 compartilhado entre oito núcleos P e dezesseis núcleos E.
O Nova Lake-S, em contrapartida, apresenta uma configuração máxima de núcleos de 16P + 32E + 4LPE, o dobro da contagem de núcleos atual. Isso além de grande cache L3 de 144 MB.
Assim, é bem provável que o desempenho dos usuários de Intel enfrente o gargalo identificado por Bruhskey. Porém, talvez no futuro, os fãs do time azul possam estar numa situação de vantagem.
Sobre Battlefield 6
Battlefield 6 deve ser um dos grandes lançamentos do ano e está previsto para 10 de outubro. Nos primeiros trailers da campanha e do multijogador, há um vislumbre do motor Frostbite atualizado e do nível de destruição que o jogo deverá oferecer.
Também foi anunciado um BETA aberto a partir de 7 de agosto. Provavelmente, os problemas com a otimização continuarão e os CPUs AMD deverão ter um desempenho melhor.
Resta saber se o desempenho será melhorado para o lançamento.
Fontes: Tech Power Up e WccFtech.
